Willis O'Brien (1886 - 1962) - Parte 01

Antes de trabalhar com efeitos, O’Brien foi contratado para criar esculturas. Depois de alguns anos e muita experiência filmando suas esculturas, O’Brien passou dois meses realizando um curta de 5 minutos estrelando um homem das cavernas, um homem-macaco e várias criaturas pré-históricas. 

O filme, chamado “The Dinosaur and the Missing Link” (1915) e que você pode assistir abaixo , foi tão bem recebido na época que O’Brien ficou encarregado de realizar mais filmes do gênero para a empresa de Thomas Edison. 



O’Brien chamou então a atenção do produtor W. R. Rothacker, que detinha os direitos de “The lost world”, de Conan Doyle. A produção foi lançada em 1925, dirigida por Harry Hoyt e efeitos criados por O’Brien.

Falar de "The lost World" hoje parece até piada quando temos referências modernas, mas se considerarmos que quase todos os nossos aparatos tecnológicos de hoje sequer existiam naquela época e que empresas famosas de efeitos hoje sequer tinham os seus fundadores nascidos, o que se tem de mais moderno para fazer com que creiamos em personagens que não existem mais é justamente a técnica utilizada por O’Brien.

Sempre costumo comparar o impacto visual que ele teve com algum filme recente e, acredito, que naquela época o filme deve ter causado o mesmo impacto ou maior (quem sabe?) que o "Avatar" (EUA 2008) com direção de James Cameron.



Em 1933 com “King Kong” se tornou um dos maiores espetáculos cinematográficos já realizados. Em 1949, Willis O’Brien receberia um Oscar por "Mighty Joe Young".



Ambos os filmes foram refeitos só que sem os trabalhos de O'Brien. "Mighty Joe Young" em 1998 (com direção de Ron Underwood) e "King Kong" em 1976 (com direção de John Guillermin), 2005 (com direção de Peter Jackson).