A invenção de Hugo Cabret (2011)

Título original: Hugo Cabret
Título brasileiro: A Invenção de Hugo Cabret
Diretor: Martin Scorsese
Empresa de efeitos: Pixomondo

Sinopse: um garoto de 12 anos que vive em uma estação de trem em Paris no começo do século 20. Seu pai, um relojoeiro que trabalhava em um museu, morre momentos depois de mostrar a Hugo a sua última descoberta: um androide, sentado numa escrivaninha, com uma caneta na mão, aguardando para escrever uma importante mensagem. O problema é que o menino não consegue ligar o robô, nem resolver o mistério.

Desde que comecei a ter um pouco mais de noção sobre a área de efeitos, soube que o melhor é não esquecer o passado. Grandes mestres da área dos efeitos fizeram sem a ajuda de nenhum programa de computador, todos aqueles que acreditavam em magia confiar que ela é possível.

Quase todos os que hoje trabalham com efeitos tem seus nomes de admiração em alguém do passado. E, estes nomes do passado de forma idêntica tinham aqueles que lhe inspiraram. E de uma coisa pode-se ter certeza: ninguém inspirou mais pessoas que George Méliès. Se você está se perguntando o que é que ele tem a ver com o filme Hugo, eu explico.

Quando assisti ao tralier de Hugo reconheci formas e imagens que se assemelham aquelas utilizadas por Méliès em seus filmes ainda no século XIX e início do XX. Como no trailer que assisti não havia muita informação. Nenhuma única imagem que pudesse me confirmar a suspeita e nada tinha lido sobre o filme... minhas suspeitas não evoluiram.

Assim, quando encontrei o artigo do site FX Guide sobre o filme e assiti aos vídeos abaixo, o terceiro e o quinto, fiquei bastante entusiasmado, pois há cenas que já li e estudei várias vezes a fio. Cenas de Méliès num momento de desespero ateando fogo em seus filmes. Cena da logo da Star Film (empresa de filmes de Méliès) envelhecendo ao ponto de a estrela quase cair.

Momentos estes que só conheci ou imaginei (para o caso da estrela "quase" cair - como algo que correu o risco de ser esquecido e não foi (ainda bem que não foi)) através de documentários e livros que falam sobre Méliès como pessoa apaixonada que ele fora pela magia, pelos seus filmes, pela alegria e que transmitia isso em seus filmes de uma forma bastante agradável com a ingenuidade que agradava de crianças a adultos.






















Há muito quis que alguém no cinema pudesse fazer uma boa homenagem a este francês. E, parece que Escorcese fez isso. Não há como falar mal de Méliès por muito tempo. Mas há, sim, como falar bem dele por longas horas a fio. Principalmente se formos analisar sua carreira no cinema fantástico.

Não sei muito do que se trata o filme. Sempre evito saber demais sobre a história dos filmes que pretendo assistir. Prefiro que eles se mostrem. Isso significa que colocar Méliès no filme não é sinônimo de a obra de Scorcese será boa.

O filme traz a atuação de uma empresa pouco conhecida mundialmente, a Pixomondo. Atuante no mercado desde 1997 e participando de alguns filmes famosos sempre como uma empresa que auxilia outras maiores (ao menos outras maiores em fama) que ela. Esta é então a chance de mostrar ainda mais serviço como empresa principal de efeitos para o filme.

A Pixomondo não é exatamente um empresa pequena. Ela está presente em 3 continentes, 5 países e 11 cidades. Como a maioria das empresas de efeitos atuais, ela atua em toda as áreas que são necessárias para a criação dos efeitos, ou seja, da concept art, pré-visualização, passando pela construção de cenários, matchmove, efeitos digitais, modelagem, animação, rigging e afins.

Como Hugo foi indicado para a premiação do Oscar na categoria de melhores efeitos, pode ser que a Pixomondo consiga trazer mais atenção sobre si.

Felizmente ou infelizmente (deixo você decidir), a empresa usa muito material digital em seu trabalho sobre Hugo. Algo que era sequer inimaginável quando Méliès fez seus filmes. Mas há algumas curiosidades nas entrelinhas do que encontrei nos trailers de Hugo. Aqueles que conhecem um pouco da história do mágico francês sabe que, mesmo tendo ateado fogo aos seus filmes, Méliès jamais destruiu seus autômatos.

George Méliès mesmo após a falência, doou seus bonecos autômatos para o museu na esperança de que eles pudessem ser guardados e mantidos da melhor forma possível.

Não quero que você leitor tenha muito isso me mente quando for assistir ao filme, afinal, como disse antes, não leio muito sobre os filmes. Não sei se isso será sequer abordado em Hugo, mas que gostei de a história envolver um autômato... ah... gostei sim. Unindo isso às presenças que me fizeram lembrar de Méliès, irei, sim, assistir ao filme.

Abaixo dispus os vídeos que encontrei sobre o making of de Hugo, incluindo os que já citei acima, o terceiro e o quinto na ordem de exeibição. Quase todos (excetuando-se o último) são oriundos do site FX Guide.













As aventuras de Tintim (2011) - Parte 02

Título original: The Adventures of Tintin
Título brasileiro: As Aventuras de Tintim
Direção: Steven Spielberg
Empresa dos efeitos: Weta

Sinopse: Tintim (Jamie Bell) é um jovem repórter, que está sempre atrás de boa matéria. Um dia, ele vê à venda na rua o modelo de um galeão antigo e resolve comprá-lo. Logo dois outros interessados o abordam, querendo adquirir o objeto, mas Tintim não o vende. Ele leva o galeão à sua casa, onde o coloca em destaque. Só que a entrada de um gato faz com que Milu, seu cachorro, o persiga dentro de casa e, por acidente, derrube o galeão. Ele fica danificado e um pequeno cilindro sai de seu interior, sem que Tintim perceba. Logo Tintim e Milu vão à biblioteca, onde tentam encontrar mais informações sobre o navio retratado no modelo. Ao retornar percebem que o galeão foi roubado. Tintim vai até a mansão recentemente comprada pelo doutor Sakharine (Daniel Craig), um dos interessados em comprar o modelo, mas nada descobre. Ao retornar ele encontra o cilindro e percebe que, dentro dele, há uma pista para um tesouro perdido. É o início de uma nova aventura, onde Tintim e Milu se juntam ao capitão Haddock (Andy Serkis) na disputa contra Sakharine para encontrar o tesouro.






















Agora que o filme já estreou por aqui - com quase um mês de atraso em relação ao lançamento dos EUA que teve a sua estréia em 21 de dezembro, enquanto nós tivemos que esperar até 20 de janeiro deste ano - tornou-se, como de praxe, mais fácil achar making ofs melhores do filme. Estes seguem abaixo.


O filme é o retorno da Weta à uma das favoritas ao prêmio de melhores efeitos para o Oscar deste ano. Até o presente momento ele já ganhou o BAFTA e o Globo de Ouro. Resta-nos esperar para ver o que ocorrerá quando vir o Oscar.










Tintin Site (americano) do filme
Weta Digital (sobre o filme)

As crônicas de Nárnia - O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa (2005)

Título original: The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe
Título brasileiro: As crônicas de Nárnia - O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa
Direção: Andrew Adamson
Empresas de efeitos: ILM, Sony Pictures Imageworks e Weta Workshop

Sinopse: Lúcia (Georgie Henley), Susana (Anna Popplewell), Edmundo (Skandar Keynes) e Pedro (William Moseley) são quatro irmãos que vivem na Inglaterra, em plena 2ª Guerra Mundial. Eles vivem na propriedade rural de um professor misterioso, onde costumam brincar de esconde-esconde. Em uma de suas brincadeiras eles descobrem um guarda-roupa mágico, que leva quem o atravessa ao mundo mágico de Nárnia. Este novo mundo é habitado por seres estranhos, como centauros e gigantes, que já foi pacífico mas hoje vive sob a maldição da Feiticeira Branca, Jadis (Tilda Swinton), que fez com que o local sempre estivesse em um pesado inverno. Sob a orientação do leão Aslam, que governa Nárnia, as crianças decidem ajudar na luta para libertar este mundo do domínio de Jadis.


Lembro que a alguns anos tenho em mente que seria muito bom se tivéssemos a chance de trabalhar juntas as maiores empresas de efeitos do mundo Esse pensamento sempre fora muito pouco interpretado de forma correta, pois muitos me diziam: Elas sempre trabalham juntas. Os grandes filmes sempre têm uma cobrindo a outra.

Uma cilada para Roger Rabbit (1988)

Título original: Who Framed Roger Rabbit
Título brasileiro: Uma cilada para Roger Rabbit
Direção: Robert Zemeckis
Empresa dos efeitos: ILM
Responsáveis pelos efeitos: Ken Ralston
                                                Richard Williams
                                                Ed Jones
                                                George Gibbs

Sinopse:  Detetive (Bob Hoskins) contratado para descobrir o que está acontecendo com Roger Rabbit, acusado de um crime no mundo real, se apaixona pela sensual Jessica, dando origem a um louco triângulo amoroso.



Um dos maiores desafios de se fazer animação tradicional interagindo com os personagens humanos é fazer isso bem feito. Nessa característica "Uma cilada para Roger Rabbit"(Who Framed Roger Rabbit, EUA, 1988), com direção de Robert Zemeckis, foi um verdadeiro sucesso.

Lançado pela Disney através de sua distribuidora para filmes com conteúdo adulto, a Touchstone, o filme traz uma perfeita combinação de elementos de desenho animado com imagens live action (de ação ao vivo).

Homem Aranha 3 (2007) - Sandman

Título original: Spider-Man 3
Título brasileiro: Homem-Aranha 3
Director: Sam Raimi
Empresa responsável pelos efeitos: Sony Pictures Imageworks

Com certeza você já deve ter visto a cena abaixo com o making of do Sandman. Mas as duas que seguem logo abaixo não são tão populares assim, então dê uma nova olhada.



As aventuras de Tintim (2011) - Parte 01



Título original: The Adventures of Tintin
Título brasileiro: As Aventuras de Tintim
Direção: Steven Spielberg
Empresa dos efeitos: Weta

Até que o filme saia será difícil dispor bons making ofs aqui no blog. Motivo óbvio, a Weta como toda e qualquer empresa precisa honrar os acordos de confidencialidade para com os diretores e produtoras dos filmes. Até lá disponho abaixo os vídeos que pude unir sobre o making of do filme.

Ele estreará aqui no Brasil no próximo dia 20 de Janeiro (sexta-feira) também com projeção 3D que (espera-se) seja tão boa quanto a de "Avatar" (Avatar, EUA, 2009), com direção de James Cameron. A conversa que a Weta fez com Spielberg começou entre Peter Jackson (que é o produtor do filme) interpretando o Capitão Haddock numa apresentação de como seria o visual do personagem Milu ("Snowy", em inglês e "Milou", no original em francês). Se você não concorda, não se preocupe, o autor das histórias que geraram o filme é belga. Isso mesmo, Georges Prosper Remi, mais conhecido como Hergé, é da Bélgica.

E depois, foi unir o útil ao agradável. Veja abaixo a entrevista que eles deram sobre o filme.



Star Wars e a ILM - Parte I



Título original (antes dos novos filmes): Star Wars
Título brasileiro (antes dos novos filmes): Guerra nas estrelas. Mais recentemente, quando da nova trilogia (de 1999 a 2005) George Lucas proibiu que os seus filmes da série Star Wars tivessem seus títulos traduzidos para, por exemplo, "Guerra nas estrelas" e alterou a numeração para que se encaixasse com a cronologia da história;
Direção: George Lucas
Empresa responsável pelos efeitos: ILM