Uma cilada para Roger Rabbit (1988)

Título original: Who Framed Roger Rabbit
Título brasileiro: Uma cilada para Roger Rabbit
Direção: Robert Zemeckis
Empresa dos efeitos: ILM
Responsáveis pelos efeitos: Ken Ralston
                                                Richard Williams
                                                Ed Jones
                                                George Gibbs

Sinopse:  Detetive (Bob Hoskins) contratado para descobrir o que está acontecendo com Roger Rabbit, acusado de um crime no mundo real, se apaixona pela sensual Jessica, dando origem a um louco triângulo amoroso.



Um dos maiores desafios de se fazer animação tradicional interagindo com os personagens humanos é fazer isso bem feito. Nessa característica "Uma cilada para Roger Rabbit"(Who Framed Roger Rabbit, EUA, 1988), com direção de Robert Zemeckis, foi um verdadeiro sucesso.

Lançado pela Disney através de sua distribuidora para filmes com conteúdo adulto, a Touchstone, o filme traz uma perfeita combinação de elementos de desenho animado com imagens live action (de ação ao vivo).

O diretor de animação, o famoso Richard Williams - que também é o autor do livro "The Animator's Survival Kit", ficou responsável por toda a equipe de animadores do filme e as cenas em live action ficou a cargo de Robert Zemeckis.

Durante a filmagem usou-se de todos os atributos disponíveis para que personagens de animação parececem movimentar objetos reais como bandejas, pratos, armas, roupas, algemas e afins. este objetos eram, na verdade, manipulados por titereiros e/ou por robôs que eram colocados escondidos durante a gravação das cenas ao vivo.

No caso das cenas dentro do bar, o chão foi construído de forma elevada sobre um segundo chão para que os titereiros pudessem manipular hastes de ferro que tinham as bandejas soldadas a elas e onde as garrafas e copos estavam colados à bandeja. Estas hastes foram depois cobertas com a animação dos pinguins que faziam os papéis dos garçons no filme.

A ILM ficou responsável pela integração final dos personagens com as cenas de ação ao vivo acrescentando luzes, sobras, reflexos e afins às imagens finais do filme.

O filme ganhou merecidamente o Oscar de melhores efeitos no ano seguinte (também levou outros dois prêmios Oscar, o de melhor edição de som, e melhor edição de filme). Vale lembrar que à época os efeitos digitais ainda eram muito caros e que os recursos da computação gráfica eram proibitivos para serem usados em tão larga escala quanto o filme necessitava. Um ponto a mais para a criatividade e excelentes resultados conseguidos.

Observação importante: as mídias digitais em DVD que são vendidos os filmes realçam de forma injusta as trucagens criadas para o filme. Exemplo disto está presente nas sombras dos personagens animados que, nos cinemas estavam bem ajustadas. Uma injustiça que conduz pessoas a acreditarem que o trabalho fora mal feito. O que, como já fora dito, não ocorreu.





O que provoca a sensação do erro é, sim, um trabalho mal desempenhado na criação da masterização (a cópia que terá a qualidade final e da qual todas as demais cópias foram geradas) para o DVD. Isto ocorre com muita frequência e vários são os filmes que passam por este problema, pois a verba destinada ao filme não é a mesma destinada a criação das cópias para DVD, Blu-rays e afins.

Há rumores que um segundo filme de Roger Rabbit esteja para sair, prova disto é o vídeo abaixo feito por Eric Goldberg em 1998. Verdade, já faz muito tempo, mas de lá pra cá as coisas mudaram e os rumores voltaram mais recentemente. Resta-nos aguardar.