As aventuras de Tintim (2011) - Parte 01



Título original: The Adventures of Tintin
Título brasileiro: As Aventuras de Tintim
Direção: Steven Spielberg
Empresa dos efeitos: Weta

Até que o filme saia será difícil dispor bons making ofs aqui no blog. Motivo óbvio, a Weta como toda e qualquer empresa precisa honrar os acordos de confidencialidade para com os diretores e produtoras dos filmes. Até lá disponho abaixo os vídeos que pude unir sobre o making of do filme.

Ele estreará aqui no Brasil no próximo dia 20 de Janeiro (sexta-feira) também com projeção 3D que (espera-se) seja tão boa quanto a de "Avatar" (Avatar, EUA, 2009), com direção de James Cameron. A conversa que a Weta fez com Spielberg começou entre Peter Jackson (que é o produtor do filme) interpretando o Capitão Haddock numa apresentação de como seria o visual do personagem Milu ("Snowy", em inglês e "Milou", no original em francês). Se você não concorda, não se preocupe, o autor das histórias que geraram o filme é belga. Isso mesmo, Georges Prosper Remi, mais conhecido como Hergé, é da Bélgica.

E depois, foi unir o útil ao agradável. Veja abaixo a entrevista que eles deram sobre o filme.





Nomes e particularidades a parte, até porque este não é o objetivo de nosso blog, o filme é um quase um novo "uncanny" que quer dizer "estranho" e "inquietante" se traduzirmos para o português. Se você achou que não conhecia o termo, lembre de outros filmes com o mesmo estilo visual. abaixo segue uma pequena lista:
  • Os Fantasmas de Scrooge (A Christmas Carol, EUA, 2009), com direção de Robert Zemeckis;
  • A Lenda de Beowulf (Beowolf, EUA, 2007), com direção de Robert Zemeckis;
  • O expresso polar (The polar express, EUA, 2004), com direção de Robert Zemeckis;
  • Final Fantasy (Final Fantasy: The Spirits Within, Japão, 2001), com direção de Hironobu Sakaguchi e Motonori Sakakibara.
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O termo se refere mais a inquietação que nos é dada de brinde quando vemos os seres humanos nestes filmes. eles tem alguma coisa de estranho. Mesmo que você não saiba descrever o quê, você sabe que tem algo estranho nos personagens. Para ser sincero, duvido muito que isto se mantenha durante todo filme. Quando o assistir falo o que achei. A sensação que tenho quando vejo os personagens do Hergé nas imagens estáticas é de que eles poderiam estar vivos em algum lugar deste planeta.
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Lógico, a gente todo dia vê um ser humano, nem que seja olhando no espelho, e, por isso mesmo sabe como um se comporta. E não é o mesmo que vemos nestes filmes. Daí a sensação de estranho.

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Deixando a parte estranha também de lado, a Weta Workshop foi esperta ao criar os designs dos personagens na mais tênue linha entre o desenho do Hergé e uma adaptação que beira o forçado para personagens quase humanos. Sim, "quase", porque as características do cartum ainda estão lá nos lembrando que tudo não passará de uma adaptação criada com computação gráfica.


Uma ameaça ao filme são os fracassos de seus antecessores já listados acima. Robert Zemecks conseguiu levar a empresa ImageMovers Digital à falência. Ameaça esta que pode esbarrar na boa fama de seus criadores Hergé e Steven Spielberg. 

O sistema de captura de movimento é semelhante ao já utilizado em "Planeta dos macacos: A origem" (Rise of the Planet of the Apes, EUA, 2011), com direção de Rupert Wyatt e no já tão falado que muitos nem aguentam mais ouvir "Avatar".



Então... qual é o mérito do filme? Simples... são personagens do Hergé criados pela Weta, com a ajuda - que parece inseparável - do Andy Serkis (é ele quem interpreta o Capitão Haddock, foi ele quem interpretou o Cesar no "Planeta dos macacos: A origem", interpretou o personagem King Kong no filme que leva o mesmo nome e interpretou por fim, o Gollum/Smeagol na trilogia de "O senhor dos anéis").

As novidades devem ser poucas no que se refere aos efeitos, restringindo-se mais a um novo filme com visual gerado no computador. Como já falei demais... seguem os making ofs...