O mais famoso dos filmes mudos de Fritz Lang apresenta efeitos visuais impressionantes, para contar uma história de sarcástica crítica social.
Em um tempo e lugar futurísticos, uma cidade de alegrias, cultura e respeitabilidade é simplesmente sustentada por um proletariado escravizado que trabalha numa cidade subterrânea, um lugar fantasmagórico, cruel e sombrio.
Um filme inovador e influente em sua época, considerado um dos grandes clássicos do gênero ficção científica. A cidade do filme é a junção de uma maquete com uma pintura, com miniaturas de carros e veículos voadores.
Metropolis faz um uso exacerbado e até então inédito em quantidade de efeitos e cria algumas técnicas como método Shuftan que possibilitava fazer fusão durante a filmagem. No vídeo que se encontra abaixo tem-se a partir de 03 minutos e 15 segundos uma amostra de uma fusão criada com o método Shuftan que leva o nome de seu criador, o Eugene Shuftan.
O método citado acima faz uso de um vidro iluminado de forma "semelhante" ao truque de circo que nos fazia "crer" que uma mulher poderia se transformar num gorila. O que ocorre realmente é que o vidro rotaciona progressivamente à frente de nós e, à medida que exibe uma imagem, bloqueia a que está atrás de si.
Uma porta ou janela de vidro em nossas próprias casas por vezes faz isso, o que o circo e o cinema fizeram foi aperfeiçoar a técnica tomando cuidado com a iluminação e o posicionamento da câmera para que não percebamos a existência do vidro. Se você assistir ao vídeo verá uma breve simulação de como o processo funciona a partir do tempo de 3 minutos e 47 segundos.
Veja abaixo uma parte do making of do filme mostrando como alguns dos efeitos foram criados.